Preciso trafegar pela miséria do meu corpo, atravessar as limitantes figuras que habitam em mim, para alcançar tal terreno, de azul tão açuceno.... preciso desmanchar os meus inimigos vencedores, os servos dos arrependimentos, dos amargos ressentimentos, os escravos dos rancores, os tumores , os vis tumores, preciso deles me livrar, para no jardim minha semente liberta assim plantar, nesse cântico de Ravel, um pedaço do meu céu, eu sonharei, minha semente, no papel eu plantarei, e com aqueles dos corpo mutilados, sem preconceito, Eu dançarei....
Os quadros falam sem dizer. Falam dentro de nós, gritam, choram, fazem nos ouvir vozes que muitas vezes não queremos escutar. Mas em si, são emoldurados pelo silêncio inerente aos objetos, às pinturas. Um quadro não fala. Mas se fizermos uma ligação das vozes presentes nos quadros mudos, que nós ouvimos cada vez que apreciamos um obra de arte de significativo porte, e as molduras que cercam a tela, poderíamos dizer que são elas, as barras, as selas, as contendoras das vozes dessas inúmeras pinturas que imploram para dizer o que já está sendo dito. As molduras do silêncio. A prisão em torno dos homens, que vivem numa cela invisível, e não falam, não cantam, não sorriem. Talvez se removêssemos as grades que nos cercam, ou as molduras das pinturas, o silêncio seria quebrado e nossos gritos seriam mais do que uma breve, passageira, e interior inaudível loucura silenciosa. Assim, resolvi remover as molduras do silêncios dos tantos quadros que contam a nossa história, e deixar eles falarem através de um interlocutor, que como qualquer outro, poderia escutar, outros silêncios, outras vozes, outras alegrias, outras dores.
quinta-feira, 4 de junho de 2015
O BOLERO DO CÉU
Preciso trafegar pela miséria do meu corpo, atravessar as limitantes figuras que habitam em mim, para alcançar tal terreno, de azul tão açuceno.... preciso desmanchar os meus inimigos vencedores, os servos dos arrependimentos, dos amargos ressentimentos, os escravos dos rancores, os tumores , os vis tumores, preciso deles me livrar, para no jardim minha semente liberta assim plantar, nesse cântico de Ravel, um pedaço do meu céu, eu sonharei, minha semente, no papel eu plantarei, e com aqueles dos corpo mutilados, sem preconceito, Eu dançarei....
Amei!, explosão da libertação!!!
ResponderExcluir..." É o jardim de Ravel
No Bolero Azul Turquesa do Céu...", como você dança com as palavras, frases , transformando-as humanas, partes integrantes do teu Jardim....
Lindo mesmo!!!! Bjus iluminados💋✨💋⭐️💋👏💋✨💋✨💋✨✨✨
Vibrante, esse!Uma explosão sufocante de alegria que no decorrer do texto,contrasta com a sordidez do mundo,mas o jardim está sempre lá...ou seja nossa tendencia de a dar importancia ao caos,e nem sempre perceber as bençãos👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻🔝🔝🔝🔝😘😘😘😘
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